quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

AFINAL O QUE É UMA CRÔNICA (TEXTO TRANSCRITO DO BLOG DE ADRIANA SANTOS)













Estou aqui mais uma vez para compartilhar sobre algo que sempre tive dúvida: a bendita crônica que leio, leio, leio, e leio inúmeras vezes para poder entender..srsrsrr. Aliás, não sabia definir o que é uma crônica. 

Talvez, muitos leitores também não saibam e por isso, hoje vamos desvendar essa arte que tanto ouvimos por aí e nem sabemos ao certo...srrrsrs

Afinal, o que é uma CRÔNICA.....

Rapidamente, podemos identificá-la sobre alguns de seus aspectos, leia:

* É uma narrativa curta e leve, com poucos personagens;

* Publicado geralmente em jornais e revistas, mas, ultimamente é possível vê-la em muitos blogs e sites;

* Nesse gênero textual, o tempo e espaço são limitados. Isso quer dizer que a ação ocorre num curto espaço de tempo e num espaço restrito;

* Pode ser escrita tanto na primeira pessoa quanto na terceira pessoa;

* Caracteriza-se pelo registro de fatos do dia-a-dia contados com humor, ironia ou lirismo pelo cronista;

* Pode tanto ser considerada como texto jornalístico como texto literário por ser uma manifestação de fatos cotidianos que são transformados em literatura;

* Uma crônica pode ser humorística, crítica, paródica, reflexiva ou lírica;

* As crônicas são bem flexíveis, ou seja, pode ter várias facetas, mas sem perder suas características básicas;

* Um texto em que é focalizado num flagrante da vida, pitoresco e atual, real ou imaginário, com ampla variedade temática, num tom poético, porém coloquial. Sua ação é rápida e sintética.

Veja um exemplo de uma crônica:

Uma Pequena Crônica

Janela ao sol. Estico o pescoço com dificuldades e olho para fora. Pessoas apressadas, buzinas, olhares fugidios. Ouço vozes, muitas. Desconexas, sem fim nem começo. Sinto cheiros estranhos. Não há mais o que se provar. Não há mais gostos, apenas releituras bizarras. Fedor. Os toques são sempre involuntários. Esbarros. Ninguém teve a intenção. O emaranhado das relações parece mais novelos de lã embaraçados. Ninguém sabe onde tudo começa. Estou cansado, minha vista dói. Não suporto mais essa confusão. Encolho o pescoço, fecho a janela, olho para o quarto. O espelho no fundo revela-me. Descubro, então, que eu estava dentro de mim.


Crônica original: http://ultimato.com.br/sites/fatosecorrelatos/2006/01/08/um-pequena-cronica/


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